A Cidade é sede de um dos maiores municípios de Portugal, com 1307,08 km² de área e 56 596 habitantes (2011), subdividido em 12 freguesias. ela fia a 134 Km ao leste da Capital Lisboa e a 407 Km ao sul da cidade do Porto.
O seu centro histórico, ao qual é todo murado, está bem-preservado é um dos mais ricos em monumentos de Portugal, o que lhe vale o epíteto de Cidade-Museu. Em 1986, o centro histórico da cidade foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Há quatro pontos arquitetônicos muito interessantes na Cidade
1-Muralha
As Muralhas de Évora (da cerca romana e árabe) ou Cerca velha localizam-se na freguesia da Sé e São Pedro, na cidade e concelho de Évora, distrito de mesmo nome, em Portugal.
Classificadas como Monumento Nacional desde 1922, integram o conjunto do Centro Histórico de Évora, inscrito como Patrimônio Mundial da UNESCO.
As
muralhas da cerca romana e árabe formam um conjunto defensivo erguido
ao longo de séculos. A cerca mais antiga foi construída no século III,
durante o período da romanização. Circundava uma área de aproximadamente dez hectares e tinha um comprimento de quase dois mil metros. A Porta de D. Isabel, também denominada Arco romano de Évora representa uma herança dessa época.
Da época visigótica é testemunho a Torre quadrangular, também chamada de Torre de Sisebuto,
rei visigótico, a quem se atribui a sua edificação no século VII, mas
pouco se conhece das transformações que sofreu a muralha nessa época. Também desconhecida é a estrutura da cerca durante o período islâmico, existindo apenas alguns vestígios na zona traseira da Sé e do Templo romano.
2- Igreja de São Francisco
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A
estes anos de esplendor (que de alguma forma contrariavam a
espiritualidade franciscana (de pobreza e simplicidade), seguiu-se um
período menos glorioso, acentuado pela perda da independência (em 1580).
Neste período se construiu a curiosa Capela dos Ossos, para que a
comunidade reflectisse a propósito da efemeridade da vida humana. No século XVIII construíram-se
vários retábulos de talha dourada e de mármore (grande parte deles
subsidiados pelos donatários das respectivas capelas, onde tinham
sepultura privada). No século XIX uma nova crise se abateria sobre o Convento: a extinção das ordens religiosas, em 1834.
Toda a parte monástica foi nacionalizada, tendo-se nela instalado o
Tribunal da cidade, até cerca de 1895, data em que, sob grave ruína, se
demoliu praticamente toda a parte conventual (dormitórios, parte do
claustro, etc.). Salvou-se porém a magnífica igreja porque em 1840, para ali se transferiu a sede da freguesia de São Pedro.
Destacam-se
em toda a igreja as características da arquitectura gótico-manuelina,
particularmente nas ameias e torres das fachadas, no pórtico principal e
na magnífica abóbada da nave
3- Capela dos Ossos- Fica junto a Igreja de São Francisco
A Capela dos Ossos é
um dos mais conhecidos monumentos de Évora, em Portugal. Está situada
na Igreja de São Francisco. Foi construída no século XVII por iniciativa
de três monges que, dentro do espírito da altura (contra-reforma
religiosa, de acordo com as normativas do Concílio de Trento), pretendeu
transmitir a mensagem da transitoriedade da vida, tal como se depreende
do célebre aviso à entrada: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos
esperamos". A capela, construída no local do primitivo dormitório
fradesco é formada por 3 naves de 18,70 m de comprimento e 11m de
largura, entrando a luz por três pequenas frestas do lado esquerdo.
As
suas paredes e os oito pilares estão "decorados" com ossos e caveiras
ligados por cimento pardo. As abóbadas são de tijolo rebocado a branco,
pintadas com motivos alegóricos à morte. É um monumento de uma
arquitetura penitencial de arcarias ornamentadas com filas de caveiras,
cornijas e naves brancas. Foi calculado à volta de 5000, provenientes
dos cemitérios, situados em igrejas e conventos da cidade. A capela era
dedicada ao Senhor dos Passos, imagem conhecida na cidade como Senhor
Jesus da Casa dos Ossos, que impressiona pela expressividade com que
representa o sofrimento de Cristo, na sua caminhada com a cruz até ao
calvário.
4- Templo Romano de Évora
Embora o templo romano de Évora seja frequentemente chamado de Templo de Diana, sabe-se que a associação com a deusa romana da caça originou-se de uma lenda criada no século XVII. Na realidade, o templo provavelmente foi construído em homenagem ao imperador Augusto, que era venerado como um deus durante e após seu reinado. O templo foi construído no século I d.C. na praça principal (fórum) de Évora - então chamada de Liberalitas Julia - e modificado nos séculos II e III. Évora foi invadida pelos povos germânicos no século V, e foi nesta época em que o templo foi destruído; hoje em dia, suas ruínas são os únicos vestígios do fórum romano na cidade.
As ruínas do templo foram incorporadas a uma torre do Castelo de Évora durante a Idade Média. A sua base, colunas e arquitraves continuaram incrustadas nas paredes do prédio medieval, e o templo (transformado em torre) foi usado como um açougue do século XIV até 1836. Esta utilização da estrutura do templo ajudou a preservar seus restos de uma maior destruição.Finalmente, depois de 1871, as adições medievais foram removidas, e o trabalho de restauração foi coordenado pelo arquiteto italiano Giuseppe Cinatti
O templo original provavelmente era similar à Maison Carrée de Nîmes (França). O templo de Évora ainda está com sua base completa (o pódio), feito de blocos de granito de formato tanto regular como irregular. O formato da base é retangular, e mede 15m x 25m x 3.5m de altura. O lado sul da base costumava ter uma escadaria, agora em ruínas.
O pórtico do templo, que não existe mais, era originalmente um hexastilo. Um total de catorze colunas de granito ainda estão de pé no lado norte (traseiro) da base; muitas das colunas ainda têm seus capitéis em estilo coríntio sustentando a arquitrave. Os capitéis e as bases das colunas são feitos de mármore branco de Estremoz, enquanto as colunas e a arquitrave são feitas de granito. Escavações recentes indicam que o templo era cercado por um espelho de água.
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