segunda-feira, 14 de março de 2016

Palácio Nacional de Mafra

Olá Povo

Hoje vamos falar sobre o Palácio Nacional de Mafra.





Mafra é uma cidade localizada 39 km ao Norte de Lisboa (Capital de Portugal)




História de Construção

D. Manuel II
D. Manuel IIPor vontade real, o projecto inicial de um convento para 13 frades foi sucessivamente alargado para 40, 80 e finalmente 300 frades, uma Basílica e um Paço Real. No entanto, à data da sagração da Basílica, 22 de Outubro de 1730, apenas estavam abertos os alicerces do que viria a ser o Palácio, que apenas começou a ser construído nos anos seguintes, sendo dado como concluído perto de 1735. 
A vida de Corte no Palácio de Mafra ao tempo de D. João V foi relativamente escassa, pois o Rei adoeceu gravemente em 1742 e morreu em 1750.

D. João V
D. João V
O seu filho D. José I manteve o hábito de vir a Mafra, quase sempre para caçar na Tapada. Mas, como desde o terramoto de 1755 não gostava de habitar em edifícios de pedra, toda a Família Real se instalava numa Barraca edificada junto ao Palácio.

D. José
D. José I 
 D. Mariana Vitória de Bourbon
 D. Mariana Vitória de Bourbon 

Já no reinado de D. Maria I, as vindas da corte a Mafra prendiam-se com a celebração de festas religiosas ou com o gosto que a Rainha tinha por passear a cavalo na Tapada, hábito que manteve até adoecer, em 1792.

D. Maria I
D. Maria I
Primitivamente decorado com tapeçarias flamengas, tapetes orientais, o Paço irá sofrer uma profunda modificação por vontade de D. João VI, ainda Príncipe Regente, que encomenda a Cyrillo Volkmar Machado uma campanha de decoração mural em várias salas.

D. João VI
D. João VI
Cirilo Wolkmar Machado
Cirilo Wolkmar Machado
Aqui se instalou toda a Corte no ano de 1806/1807, na atribulada época que precedeu as Invasões Francesas. A necessidade de tornar mais habitáveis os grandes espaços do Palácio levou ainda à divisão de alguns dos grandes espaços em salas mais pequenas, divididas por tabiques de madeira do Brasil “ricamente pintados”.
A partida da Família Real para o Brasil, em 27 de Novembro de 1807, dias antes da chegada das tropas francesas a Lisboa, teve como consequência o empobrecimento de grande parte do recheio do Palácio, transportado para a colónia para serviço da Casa Real e aí tendo sido deixados quando a Corte regressou a Portugal, em Junho de 1821.

D. Maria II
D. Maria II 
 D. Fernando
 D. Fernando 
Em Dezembro de 1807, as tropas francesas alojaram-se no Palácio sendo, alguns meses depois, substituídos por uma pequena fracção do exército inglês que aqui ficou até Março de 1828.
Após o conturbado período das Lutas Liberais, no reinado de D. Maria II, a Corte retoma o hábito de voltar a Mafra. Seu marido, D. Fernando, verdadeiro pioneiro da defesa do património nacional, realizou diversas obras de recuperação no Real Edifício.
Também D. Pedro V vinha com sua mulher, a rainha D. Estefânia de Hoenzollern-Sigmaringen, passar algumas temporadas em Mafra. Fundou este rei neste Palácio uma Real Escola com o seu nome, para instrução pública, suportada pelo seu bolsinho.

D. Pedro V
D. Pedro V
 
D. Luís I, rei desde 1861, após a morte do irmão,manteve a real protecção à Escola criada por seu irmão, vindo também com frequência assistir aos exames, muitas vezes acompanhado da rainha D. Maria Pia de Sabóia. Para uma estadia em Mafra de seu irmão, o Rei Humberto de Itália, mandou a rainha instalar, entre o piso térreo e o andar nobre, um elevador manobrado por quatro homens, a que a gente do palácio chamava vaivém ou caranguejola. Este terá sido um dos primeiros elevadores no nosso país.

D. Luís
D. Luís I
D. Maria Pia de Sabóia
D. Maria Pia de Sabóia

Também D. Carlos e D. Amélia, grandes apreciadores da caça, aqui fizeram estadias frequentes percorrendo a Tapada atrás de gamos e javalis ou pintando, passatempo a que ambos se dedicavam.

D. Carlos
D. Carlos
D. Amélia
D. Amélia 

O Palácio de Mafra está também associado ao fim da monarquia em Portugal, pois acolheu o rei D. Manuel II na última noite que passou no reino antes da sua partida para o exílio.

Biblioteca

O Palácio Nacional de Mafra possui uma das mais importantes bibliotecas portuguesas, com um valioso acervo de aproximadamente 36.000 volumes, verdadeiro repositório do Saber. 




De destacar algumas obras raras como a coleção de incunábulos (obras impressas até 1500) ou a famosa “Crónica de Nuremberga” (1493), bem como diversas Bíblias ou a primeira Enciclopédia (conhecida como  de Diderot et D’Alembert), os Livros de Horas iluminados do Séc. XV e ainda um importante núcleo de partituras musicais de autores portugueses e estrangeiros, como Marcos Portugal, J. de Sousa, João José Baldi, entre outros, especialmente escritas para o conjunto dos seis órgãos históricos da Basílica.



A atestar a importância desta colecção, uma Bula concedida pelo Papa Bento XIV em 1754, para além de proibir sob pena de excomunhão, o desvio ou empréstimo de obras impressas ou manuscritas sem licença do Rei de Portugal, concede-lhe autorização para incluir no seu acervo os livros proibidos pelo Index.

 

Basílica

 


Orgãos
A Basílica ocupa a parte central do edifício, ladeada pelas torres sineiras.
Foi feita segundo o desenho de João Frederico Ludovici ourives de origem alemã que, após a sua longa permanência em Itália, a concebeu ao estilo barroco italiano.

Basilica
Fachada da Basílica

Tem a forma de cruz latina com o comprimento total 58,5 m e 43 m de largura máxima no cruzeiro, sendo toda em pedra da região de Sintra, Pêro Pinheiro e Mafra.
O zimbório, com 65 m de altura e 13 m de diâmetro, foi a primeira cúpula construída em Portugal.

 Interior da Basílica 
Interior
 Cúpula da Basílica 
Cúpula

Na capela-mor encontra-se uma tela de Francesco Trevisani representando A Virgem, o Menino e S. António, a quem a Basílica é dedicada.
Os retábulos das duas capelas no cruzeiro, Sagrada Família (lado sul) e Santíssimo Sacramento (lado norte), bem como da capela lateral sul, Nossa Senhora da Conceição,  e das seis capelas colaterais são da autoria de Alessandro Giusti da Escola de Escultura de Mafra e seus discípulos.

Capela-mor
Capela-mor
 Sagrada Família
 Sagrada Família
 Anunciação
 Anunciação

De destacar ainda a escultura  italiana  de encomenda real, a  mais significativa coleção de escultura barroca existente fora de Itália e o conjunto único de seis órgãos históricos encomendados por D. João VI aos organeiros Machado Cerveira e Peres Fontanes, em substituição dos primitivos que estavam degradados.
 
 Vejam um Vídeo de quando visitei um Dezembro de 2012
 


Visitação

Horários
Palácio: 
Inverno (Nov. a Fev): Das 09.00h às 18.00 (última entrada 17.00h)
Verão: Das 09.00h às 18.00h (última entrada 17.00h)
Núcleo de Arte Sacra e Enfermaria encerram das 13.00 às 14.00h

Tempo médio da visita 
c. de 1.30h

Biblioteca (leitores)

Dias úteis - das 09.30h às 13.30h e das 14.00h às 16.00h

Basílica:
Diariamente das 09.30 às 13.00h e das 14.00 ás 17.30 h

Encerramento 
Terças-feiras e nos dias 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio, Quinta-feira da Ascensão/Espiga (Feriado Municipal) e 25 de Dezembro

Acessibilidade
Não acessível a pessoas com mobilidade reduzida.
Não é permitida a entrada de animais, excepto cães-guia

Nota - Não é permitida a entrada de malas de viagem, mochilas, volumes grandes ou objectos contundentes.

Estacionamento
Na zona exterior do Monumento, fachadas norte e sul.

Loja
Horário de funcionamento do museu
Réplicas de peças da coleção, porcelanas, vidros e cristais, pratas e casquinhas, joias, postais, linha infantil, publicações.



          


                                     




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